Nutrição Integrativa

com Taisi Duarte

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Doenças autoimunes: como se alimentar.

As doenças autoimunes são incuráveis, porém entram em remissão. A remissão é possível quando se tem um estilo de vida saudável, com exercícios físicos, alimentação adequada e concentração de vitamina D acima de 60 ng/ml.

Dentro da alimentação adequada para regredir e prevenir novas crises de ataques da doença autoimune, temos o que precisa ser excluído, e tem que ser excluído de fato, sem pormenores. E temos o que precisa aderir sem falta.

O que excluir

A exclusão deve ser do glúten e dos alimentos ultraprocessados. Se você é portador de alguma doença autoimune, faça o teste. Exclua o glúten por no mínimo 90 dias e veja a mudança do perfil de saúde. Fazer uma mudança alimentar não trará malefícios, não custa tentar. Aos que pensam que excluir o glúten é terrorismo nutricional, tire a prova vendo resultados clínicos de saúde com os que portam doença autoimune.

Os alimentos ultraprocessados são altamente inflamatórios, além de alterar a integridade intestinal e sobrecarregar a detoxcificação hepática. Isso tudo porque são ricos em corantes, espessantes, adoçantes, aromatizantes e estabilizantes. Além de serem calóricos, e não ter nutrientes com biodisponibilidade, pois o nutriente que está na fruta é de absorção mais fácil do que aquele que está no produto industrializado.

As carnes vermelhas não são de fato necessárias serem excluídas, mas é preciso evitar. Reduzir o consumo e preferir carnes brancas e magras, peixes e ovos.

Carboidratos refinados, como farináceos, açúcares refinados, doces em geral, também precisa reduzir.

Leites e derivados mostram ser inflamatórios em alguns casos. É preciso ser avaliado caso a caso para ver se a exclusão do leite trará benefícios. As vezes se faz de tudo e não é percebido melhora, e com a retirada do leite é notável a melhora. Cabe avaliação individualizada. Mas com certeza a redução do consumo de qualquer alimento que se faz uso demasiado, é bem-vinda. Pois devemos ter um equilíbrio na alimentação. Há pessoas que tomam leite por várias vezes no mesmo dia, e não abre espaço para uma alimentação mais diversificada.

O que aderir

A alimentação deve ser projetada e estudada de acordo com cada individualidade e sempre com acompanhamento de um profissional.

De forma generalizada, o padrão alimentar deve a base de vegetais frescos: frutas, verduras e legumes. Dentro do possível, orgânicos. Este padrão alimentar é denominado Planted Based. Junto disto é preciso cuidar da quantidade de carboidratos, para que não se alimentar apenas de tubérculos. A riqueza nutricionalmente virá da diversidade dos vegetais. Não tenha uma monotonia alimentar.

Cúrcuma, ômega 3, vitamina C, e azeite extravirgem são excelentes anti-inflamatórios, que precisam fazer parte do dia a dia.

O intestino é o responsável

A integridade intestinal, o bom funcionamento do intestino, e a flora intestinal saudável são fundamentais para manter a doença autoimune em silêncio. Desde o start da doença, até prevenção de novos episódios. Muitas das vezes, após crises inflamatórias intestinais que é dado o start de qualquer doença autoimune.

Isso por diversas razões, pois o intestino é a porta de entrada para tudo entra no nosso corpo, ele que mantém a barreira imunológica, tolerância imunológica, equilíbrio metabólico e muito mais. O intestino conversa com o sistema imune diretamente, então é preciso cuidar do intestino minuciosamente.

Por vezes se faz necessário ingerir probióticos, prebióticos, adaptógenos, e antioxidantes. O consumo adequado de fibras e água também atuam na modulação intestinal.

Os exercícios físicos, modulação do estresse, e boas noites de sono são essenciais para garantir a saúde intestinal, e como consequência promovem saúde geral, inclusive nas doenças autoimunes.

Como citado no primeiro parágrafo, a vitamina D não subestima-se e nem se negligencia. Ela tem que se manter na faixa de 60 ng/ml. É preciso ter um controle a fim de não permitir a deficiência desta vitamina. Esta dosagem é inalcançável através da alimentação, portanto é obrigatório a suplementação. Mas a dose de suplementação não pode ser igual para todos. Vai variar dos exames, alimentação, estilo de vida, exposição ao sol e outros.

Em suma, mudar o quadro ativo da doença autoimune é possível, sempre com acompanhamento profissional. Mas de forma geral, aderir ao estilo de vida saudável, se atentar com o consumo de vitamina D, ter uma alimentação mais natural possível, excluir o glúten e evitar os alimentos inflamatórios e tóxicos, é completamente possível.

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