A dieta anti-inflamatória é proposta para melhorar o perfil inflamatório generalizado do corpo, o que é cada vez mais comum na sociedade. Pois com o estilo de vida sedentária, estilo de alimentação rica em ultraprocessados e pobre de nutrientes, e com o estresse predominante, faz com que a inflamação de baixo grau subclínico se torne silencioso e prejudicial.
Antes de falarmos da alimentação, é preciso citar que todo o conjunto de estilo de vida altera o perfil inflamatório, então em conjunto da estratégia nutricional é preciso repensar em mudar hábitos de vida. Aderir aos exercícios físicos, garantir boas noites de sono e modular o estresse, seja por práticas de lazer, hobbie, meditação ou crenças.
E entrando no mérito da alimentação de caráter anti-inflamatória, o principal é garantir a base. Pois essa base tem que ser de alimentação natural, alimentação rica em vegetais frescos e diversificada de legumes, frutas e verduras. Evitar os ultraprocessados, ou até mesmo excluir, é essencial neste processo.
Pois os alimentos ultraprocessados, aqueles feitos pela indústria, são ricos em conservantes, estabilizantes, corantes, adoçantes e outros, que por sua vez alteram a saúde intestinal. A flora intestinal é o meio de entrada, disso tudo e gera um metabolismo tóxico dentro do corpo.
E vale acrescentar, que os ultraprocessados muitas das vezes tem alto valor calórico e pouco nutrientes, o que facilita o ganho de peso. O sobrepeso e a obesidade causada por excesso de alimentos de calorias vazias, torna o indivíduo um obeso desnutrido, e com certeza, inflamado.
Alimentos chave
Então, dentro de uma alimentação de perfil natural e saudável, podemos acrescentar os alimentos com mais predominância anti-inflamatória, por conterem micronutrientes que potencializam o combate à inflamação. Reduzir açúcares refinados, farináceos, leite e alimentos de origem animal se faz necessário, porém é muito mais individualizado de acordo com cada situação clínica.
Temos: mel, gengibre, cúrcuma, casca de cebola, azeite de oliva extravirgem, romã, cereja, as frutas berrys (amora, framboesa, uva, blueberry, gojiberry).
A cúrcuma pode usar em tudo, como temperos de prato salgado, panquecas, sucos, saladas, vitaminas, ou até mesmo no leite vegetal. Em alguns países é comum o leite dourado (qualquer leite com cúrcuma e mel). Na índia, é colocado até na mamadeira das crianças.
A casca de cebola, pode ser feito infusão para tomar o chá, ferver com outros temperos e fazer caldo e sopas, ou até mesmo ressecar elas no forno, esmigalhar e misturar com o sal, para usar como tempero.
O azeite de oliva extravirgem, tem alto poder anti-inflamatória, mas na hora da compra tem que saber escolher uma qualidade boa. Primeiramente tem que analisar a acidez, no máximo 0,5%, e também ver se a extração é a frio, de preferência extraído à primeira pressão a frio.
Ainda temos que cuidar de suplementações, que muitas vezes são necessárias. Vitamina D, ômega 3, coenzima Q10, adaptógenos (ganoderma lucidum ou ashawganda) são algunes exemplos. Principalmente a vitamina D, que atua em tantas outras questões no metabolismo do nosso corpo.
Cházinhos
Tem também, chás que auxiliam bastante no combate à inflamação. O de casca de cebola já foi mencionado acima, mas ainda temos o chá da casca de romã, gengibre, e o mais indicado é o chá verde (camélia sinensis). Este tem diversas propriedades, porém tem um pouco de cafeína, o que faz restringir o momento de consumo, preferencialmente até as 18h.
O chá verde tem uma exclusividade no modo de fazer, pois a infusão tem que ser feita no máximo por 3 min, e não em 10 min como geralmente são feito os outros chás.
Em suma, a dieta anti-inflamatória existe e funciona. Porém é necessário mudar o estilo de vida, com adesão aos exercícios, modular o estresse, bons sonos, sair do sobrepeso, ter como base da alimentação alimentos in natura ou minimamente processados (com grande variedade de vegetais e frutas frescas). E ingerir todos os dias os alimentos citados com alto poder anti-inflamatório.
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